sábado, 8 de novembro de 2008

Do Tempo da Solidão


Oito minutos e dezoito segundos depois de partirem
Os raios do sol chegam à terra
E atravessam a janela aberta
Atingindo minha cama
Como um coquetel molotov
Que incendeia tudo ao redor.

Aquele calor me desperta do mundo de Morfeu
E me faz pensar em como seria acordar ao seu lado
Como seriam os teus perfumes pela manhã quando se acorda
Os teus cabelos
Os teus olhos
O teu hálito
O teu humor
O teu gemido de preguiça.

Então, fico prostrado, deserto
Invadido por um vazio que me amordaça
Tomado por uma ausência
Que me obriga a sonhar
E sonho!...
Sonho com caminhos por onde chegar até você
Sonho com quem dividir o peso das coisas da vida
Sonho com quem ver filmes
Com quem criar filhos
Com reclamações cotidianas
Sonho com alguém com quem tirar fotos,
Relembrar fatos e rir de tristezas envelhecidas...
Sonho que você fuja comigo daqui
Para uma terra qualquer
Um lugar qualquer... uma casa colorida
Onde o sol após sua corrida de oito minutos e dezoito segundos
Cruze nossa janela
Caindo sobre nossa cama já incendiada.
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